Buscando e espalhando cultura

Em busca de mais conhecimento, as viagens são uma alternativa cada vez mais frequente. Além de cultura, elas proporcionam momentos de lazer e aprendizado. 
Foi em busca de mais conhecimento que o bresciense Rodrigo Zignani, 33 anos, Analista de Comercialização da Souza Cruz, viajou para a África do Sul, onde permaneceu por 59 dias. O objetivo da viagem foi fazer um intercâmbio de inglês, mas Rodrigo trouxe de volta na bagagem, muito mais.
Veja o que ele contou ao JNB.
 
“Fui para a Cidade do Cabo (3.5 milhões de habitantes), 2º cidade mais populosa da África do Sul, ficando atrás apenas de Johanesburgo. É também a capital legislativa do país, que possui um total de 11 línguas oficiais. Na Cidade do Cabo, além do inglês, a mais falada é o Africâner, baseada no Holandês, língua essa falada entre os nativos do país. – África do Sul.
Quando decidi fazer intercâmbio para aprimorar o inglês, os primeiros lugares que vêm a mente são Canadá, Austrália, Irlanda, destino de 90% dos brasileiros que fazem intercâmbio. Lendo a respeito percebi que a África do Sul é um destino que está crescendo bastante. A língua inglesa é falada em toda a Cidade do Cabo, que possui boas escolas, sem contar que é um país rico em cultura, história e belezas naturais.
Outro fator forte na decisão foi a moeda local, o RAND, onde 1 real equivale a mais ou menos 4 rands, isso torna a comida, bebida, transporte mais barato se comparado a Canadá e Austrália.
Tive a oportunidade de conhecer diversos locais pelo tempo que permaneci na cidade, dentre os mais visitados estão:
Table Mountain – no coração da cidade, tem 1085 metros de altura está entre as 7 maravilhas naturais do mundo, logo ao seu lado podemos ver a Lion’s Head outra montanha com 669 metros de altura, ao lado das duas, um dos pontos mais famosos na cidade, o pôr do sol na montanha Signal Hill.
Jardim Botânico – Considerado o maior do mundo, fica a poucos quilômetros da cidade, e é um local com uma fauna e flora incrível. Possui várias árvores nativas do Brasil.
Waterfront – Antigo local portuário da cidade, foi transformado em local turístico. Possui dezenas de restaurantes, bares, lojas artesanatos e diversos passeios de barco ou helicóptero. Dele parte uma embarcação diária com destino à Robben Island, local onde Nelson Mandela passou 18 anos preso, de um total de 27 anos. Uma mersão cultural muito forte, onde você tem a possibilidade de conhecer a cela que ele ficou, tamanho de 2 m x 2,5 m.
Franschhoek e Stellenbosch – Para os adoradores de vinho, este é um local que não pode ficar de fora da agenda. Região considerada uma das melhores do mundo na produção de vinhos, distante apenas 60 km da Cidade do Cabo, possui mais de 150 vinícolas. A grande maioria delas aberta para os turistas visitarem e degustarem um bom vinho.
Cabo da Boa Esperança – onde pude relembrar um pouco das aulas de História, local onde junta-se o oceano índico e o oceano atlântico, descoberto por Bartolomeu Dias e uns dos pontos mais extremos do continente Africano.
Garden Route – Aproveitando um feriado prolongado na cidade, loquei um carro e me aventurei na mão inglesa para percorrer a Garden Route ou Rota dos Jardins, num total de 2.000 kms, pude percorrer todo o litoral até Porto Elisabeth e voltar pelas montanhas conhecendo assim a área agrícola do país, neste trajeto há centenas de passeios, locais históricos e muita aventura, dentre elas o maior Bungee jumping do mundo com 216 metros, neste trajeto podemos fazer safáris, particulares ou em reservas abertas, tem vários parques tombados pelo governo, museus em homenagem aos desbravadores, dentre eles o Dias Museu, em homenagem à Bartolomeu Dias, 1º navegador a chegar à África do Sul. Nesta rota não devemos deixar de conhecer as cidades de Knysna, Mossel Bay, Plettenberg, George, Sedgefield, Jeffreys Bay. Esta última recebe todo ano uma etapa do mundial de Surf.
De vários fatores positivos cito boas rodovias, limpeza, conservação dos pontos históricos e turísticos, comida local, hospitalidade. Mas o que mais me chamou a atenção foi o amor e respeito incondicional que os nativos têm por Nelson Mandela, que por eles é chamado carinhosamente de MADIBA, pude frequentar algumas casas em bairros mais pobres e todos possuem sua imagem dentro de casa. Quando eles falam dele, o olho brilha de emoção e respeito. 
Foi uma experiência muito boa, pois pude alcançar meu grande objetivo que era aperfeiçoar meu inglês. Em contra partida pude vivenciar e conhecer locais incríveis, pessoas do mundo todo, cultura e história local que é muito rica. Sem dúvida nenhuma sugiro a todos que estejam pensando em fazer um intercâmbio ou simplesmente passar umas férias diferentes, a pensar na África do Sul com carinho. Asseguro-lhes que não irão se arrepender.
 
DICA: O chimarrão foi um bom companheiro de viagem. Com ele pude mostrar um pouco da nossa tradição em todo local que visitava, todos perguntavam o que era, tanto pessoas locais quanto turistas do mundo todo. Boa maneira de se aproximar e interagir com várias pessoas”.
 

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